Foi ao ar nesta segunda-feira (6) o capítulo que marcou a morte de Odete Roitman em Vale Tudo, uma das cenas mais icônicas da história da teledramaturgia brasileira. Esperava-se que, mesmo em meio aos erros do remake, este capítulo conseguisse honrar o original de 1988. Ledo engano.

A sequência tinha todos os elementos para ser memorável, mas acabou transformada em um momento frio e sem emoção. A morte de Odete Roitman, que deveria ser eletrizante, ficou aquém do esperado e perdeu o impacto que consagrou o original.

Em meio a isso, Débora Bloch brilhou. Uma atriz gigantesca, capaz de extrair intensidade e emoção. Merecia um texto à altura de sua grandeza e mostrou, mais uma vez, por que é uma ARTISTA com A maiúsculo.

Quem se destacou na cena foi Malu Galli, como Celina. Sua interpretação trouxe tensão e dúvida, mostrando que o impacto de uma cena icônica depende tanto de quem a vive quanto da própria narrativa.

Curiosamente, a maior sacada do capítulo não veio da novela, mas de fora: o gancho da morte de Odete foi usado para promover a próxima vilã do horário. A criatividade que faltou à trama apareceu no marketing.

No final, o público não vai esquecer o capítulo de hoje, não pela morte de Odete, mas pela falta de emoção e pela execução sem graça de algo que deveria ser icônico.